Doenças cardiometabólicas são um espectro de condições metabólicas interconectadas que incluem obesidade, diabetes tipo 2, resistência à insulina, doença arterial coronariana, hipertensão, dislipidemia e esteatose hepática não alcoólica. Elas compartilham mecanismos patogênicos comuns, como inflamação, resistência à insulina e disfunção endotelial, que elevam a probabilidade para problemas cardiovasculares mais do que quando qualquer um dos riscos está presente sozinho, e podem favorecer complicações graves, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral. A resistência à insulina é um denominador comum em muitas dessas condições, causando alterações no metabolismo da glicose e dos lipídios, inflamação sistêmica, hipertensão e diabetes tipo 2. Estes fatores, por sua vez, podem levar ao desenvolvimento de placas ateroscleróticas nas artérias, aumentando o risco de eventos cardiovasculares. Biologicamente, as doenças cardiometabólicas são caracterizadas por um estado pró-trombótico e pró-inflamatório, que afeta negativamente o equilíbrio e a função dos sistemas vascular, metabólico e imunológico. Esta inter-relação complexa ressalta a importância de uma abordagem holística para prevenção e manejo dessas doenças. Os sintomas das doenças cardiometabólicas podem ser insidiosos e variados. Pacientes podem apresentar sinais como hipertensão, insulina elevada, glicemia elevada, ferritina elevada, aumento dos níveis de triglicerídeos, circunferência abdominal expandida e níveis baixos de colesterol – especialmente o de alta densidade – e deficiências hormonais. A presença desses sintomas deve levar à investigação detalhada para diagnóstico precoce e tratamento adequado. Os profissionais de saúde dispõem de diversas ferramentas diagnósticas, incluindo testes laboratoriais de sangue e hormonais, avaliação da composição corporal, medição da circunferência da cintura e testes de tolerância à glicose, por exemplo. Mas, muito além disso, as queixas do paciente devem receber a devida relevância, e costumam prevalecer relatos de aumento da fome, fadiga, sede excessiva, micção frequente, visão embaçada, lentidão para cicatrizações, dores de cabeça, tontura, dificuldade de perder peso, dores no peito, dores articulares, falta de ar, insônia, apneia do sono, sonolência diurna e muitos outros.
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